Dizemos adeus à Virgen de Arantzazu e seguimos os sinais vermelhos e brancos que dela saem. O Santuário está à nossa direita e deixamo-lo junto à estrada que sobe em direção às últimas casas. Sigamos os sinais para Urbía. Continuamos a subir sempre em frente. Chegamos a uma junção de três caminhos, perto de uma fonte. Seguimos o caminho do meio (seguindo o sinal para Urbía), deixando o da direita e o da esquerda. Mais adiante, após alguns minutos num caminho largo e sombrio, chegamos à fonte de Erroiti à nossa esquerda, que marca o lugar onde a lenda conta a aparição da Virgem de Arantzazu ao pastor Rodrigo de Baltzategi (1468). 

O caminho ziguezagueia até à passagem Elorrola, seguindo sempre os sinais vermelhos e brancos do Grande Caminho (GR). Alcançamos a passagem e estamos gratos pela descida. Chegamos ao Hermitage de Andra Mari de Urbia (1924), que deixamos à nossa esquerda para continuar ao longo do caminho de terra e chegar ao refúgio Urbia, onde no Verão podemos ter um bom refresco no bar do refúgio. 

Continuamos ao longo do caminho de terra batida, que é bem marcado e largo, sem nos desviarmos. Mais adiante, passamos entre as cabanas de alguns pastores junto ao caminho. Aqui podemos seguir as setas laranja que saem da estrada principal que vai para a floresta à nossa direita ou simplesmente continuar no caminho de terra. O caminho de relva segue paralelamente à estrada, sem desníveis, enquanto o caminho de terra desce acentuadamente antes de subir de novo para alcançar o mesmo caminho na floresta dois quilómetros mais à frente. Ambas as opções são bonitas, mas o caminho florestal é mais fácil. Passamos perto do monólito Zorrotzari e da cabana próxima da montanha Perusaroi. O caminho e a estrada de terra encontram-se novamente e seguimos as setas cor-de-laranja e os sinais GR à nossa esquerda. Passado algum tempo chegamos ao caminho de terra batida e um pouco mais adiante temos duas opções: podemos seguir o amplo caminho de terra batida e continuar até Araia ou ir para a esquerda, seguindo o caminho que está marcado com sinais GR. 

O caminho florestal é bom para os peregrinos a pé. Primeiro leva-nos em direção às linhas eléctricas e depois, atravessando florestas, liga-nos ao Caminho de Santiago de San Adrián. Pouco depois junta-se novamente ao caminho de terra, seguindo as setas amarelas para Santiago. 

Se continuarmos ao longo do largo caminho de terra batida, chegamos a um ponto com sinais amarelos para o Caminho de Santiago que não nos levam a Araia mas sim a Zalduondo. Sem dúvida, a estrada larga é a melhor para bicicletas e para pessoas com problemas de joelhos. Chegamos à estrada alcatroada e deixamos a pequena esplanada chamada Zumarraundi à nossa esquerda. À nossa direita começa a estrada alcatroada que nos leva diretamente para Araia (há sinais à nossa esquerda que apontam caminhos para Araia através da montanha, mas não os recomendamos porque não são tão diretos como a estrada e têm inclinações acentuadas). Descemos e finalmente chegamos a uma bifurcação onde temos de ir pela esquerda. Continuamos e passamos a quinta de Gartzabal à nossa direita. Continuando ao longo da estrada asfaltada, entramos em Araia, depois de passar o complexo de piscinas. Continuando em frente na direção que estamos a seguir, chegamos à igreja e à câmara municipal. 

ALBENIZ

Refugio casa de la Iglesia . Tel: 945 261 676 (na etapa seguinte, para grupos de mais de 10 peregrinos)

ARAIA

Korta-Albergue de peregrinos. C/ Andra Mari, 23, https://acortar.link/japVMT

Câmara municipal Tel: 945 304 006 / 945 314 566.

Hotel Andamur San Roman ** . A 2 km, deixando Araia na estrada. Tel.: 945 31 47 83

Taxi Berasategui . Tel: 699 445 403

EGUINO

Casa de Oración Haiztur . (fora do Caminho, a cerca de 5 km de Araia) San Esteban Kalea, 1. Tel: 945 31 46 37 e-mail: [email protected]

IBARGUREN

Casa Rural Legaire Etxea . C/San Martín, 2. Tel: 626 895 798. (fora do Caminho, mas não muito longe)

SAN ROMÁN

Hotel Andamur . (na próxima etapa, Polígono Okiturri) Carretera N-I, Tel: 945 314 783

Pensión El Ventorro . Do outro lado da estação de serviço Andamur. Tel: 945 304 372.

ZALDUONDO

Casa rural Aizkomendi . Errotalde Kalea, 5 Tel:679 908 531

Casa rural Arkauzetxea . C/ Errotalde, 5 Tel: 679 908 531

Casa Rural Eikolara, Barrio Arbinatea, 8 Tel: 945 386 898 // 629 407 767

Uma etapa difícil devido à subida de Aranzazu e à descida íngreme até Araia. Estamos no parque da cordilheira Aizkorri-Aratz, que alberga os picos mais altos da bacia hidrográfica cantábrico-mediterrânica (Aitxuri 1.551 m). Deve ter-se cuidado com as condições meteorológicas. A menos que haja nevoeiro, o caminho é largo, exceto num lugar (perto da passagem da montanha a 1180 m) onde se torna um caminho de cascalho (em muito bom estado e visível mesmo no nevoeiro) e precisamente no lugar onde o caminho mais largo continua sempre em frente. Um ou dois quilómetros mais adiante, mais uma vez temos de deixar o caminho que desce claramente para o vale para continuar ao longo de um caminho de erva mal definido, o que nos permite juntarmo-nos ao Caminho Basco de Santiago, que vem do Túnel de San Adrián. Neste troço do Caminho de Santiago, seguimos as setas amarelas até ao cruzamento que nos levará a Zalduondo ou Araia (piscinas e aldeia). Vamos para Araia, pela esquerda. 

ARAIA: Esta é a principal cidade do município de Asparrena, que agrupa 10 aldeias próximas. Com mais de 1.500 habitantes, Araia é um centro de serviços para o município. A Câmara Municipal é do estilo barroco, com o brasão de armas da Irmandade de Asparrena. A igreja de São Pedro é do século XV e tem um retábulo neoclássico no seu interior. Existe um restaurante, supermercado, farmácia e banco. 

Atenção: em Alda, no final da etapa seguinte, não há lojas ou restaurantes, por isso deve pensar em levar algo para comer no dia seguinte. 

Anotações: Insistimos em gastar muito tempo a meditar na oração preparatória. Recordemos que, como diz Inácio, “sentir e saborear interiormente” é mais importante do que muito conhecimento. Não tenhamos pressa. Hoje entramos em meditação sobre o nosso Princípio e Fundação. Consideramos o Fim para o qual fomos criados. Uma visão global que aprofundaremos ainda mais. 

Petição: Senhor, concedei-me a graça de sentir interiormente o Vosso Amor na minha vida, com profunda acção de graças. Ajude-me a descobrir os fundamentos da minha vida, de acordo com o seu desejo. 

Reflexão: Começamos por recordar que toda a nossa vida tem sido uma viagem espiritual. Enquanto caminhamos, passamos algum tempo a recordar, mais uma vez, a nossa própria história, ou seja, deixamos a nossa mente vaguear através da oração. Recordamos e deixamos que Deus nos mostre os momentos chave do nosso passado, um álbum de fotografias de todo o tipo, momentos dolorosos, momentos de alegria: é a história que nos trouxe ao presente da nossa vida. Quem sou eu? Como cheguei a este ponto da minha vida? Que pessoas, lugares ou momentos desempenharam um papel proeminente e ajudaram a moldar a pessoa que sou hoje? Que estas imagens subam à superfície connosco, juntamente com sentimentos de gratidão ou tristeza. 

Em contraste com os bons, existem certamente momentos, pessoas ou aspectos da vida que carregam sentimentos de vergonha, momentos que gostaríamos de poder apagar. Apresentemos esses momentos a Deus, pedindo para crescer na aceitação de nós próprios. Não se trata de sentir-se completamente reconciliado ou “consertar” nada hoje: as pessoas, os momentos e os sentimentos que surgem podem muito bem tornar-se sementes para a nossa caminhada com Deus à medida que passamos pela nossa peregrinação. Estamos a viver o processo de “apresentar toda a nossa vida a Deus”, o que nos enche de alegria e gratidão e pode também encher-nos de pesar ou vergonha. Os frutos que procuramos serão a gratidão, compreensão e aceitação de mim mesmo, bem como a realização de que sou aceite por Deus. Pensemos em nós mesmos como “procurando ouro”, peneirando a nossa vida através da multidão de ideias que nos chegam, até ficarmos apenas com o “ouro”. Descobrimos também aspectos da vida com os quais podemos aprender mais, crescer, situações em que Deus nos leva a reflectir. 

Textos: 

Oséias 11,1-9. O seu amor por mim é um amor cheio de ternura. 

Salmo 139, 1-14.17-18. Com admiração e reverência lembro-me de como Deus cuidou de mim em tempos de alegria e tristeza, em tempos de sucesso e fracasso, em tempos de fidelidade e também de infidelidade. 

Exercícios Espirituais, 5. “É muito proveitoso para quem recebe os exercícios entrar neles com grande coragem e liberalidade com o seu Criador e Senhor, oferecendo-lhe toda a sua vontade e liberdade, para que a sua majestade divina, tanto da sua pessoa como de tudo o que tem, possa ser usada de acordo com a sua santíssima vontade”. 

Colóquio final: Faça um resumo do que meditou durante o tempo de oração, falando com Jesus como um amigo faz com outro. Seja honesto com ele sobre os pontos que encontrou durante este tempo de oração.